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Ética, compromisso social e empreendedorismo

14.02.2023
Fonte: UPM

Notícia completa aqui:  Ética, compromisso social e empreendedorismo    

Domingo Alonso Martín e Rafael Miñano, professores da Universidade Politécnica de Madrid, explicam o trabalho e os objetivos desta Comunidade EELISA.

O professor da Escola Técnica Superior de Engenheiros de Minas e Energia da Universidade Politécnica de Madrid, Domingo Alonso Martín, e da Escola Técnica Superior de Engenharia de Sistemas Informáticos, Rafael Miñano, são os coordenadores da Comunidade EELISA: “Ética, “compromisso social e empreendedorismo”. Na entrevista a seguir eles contam como essa comunidade é criada e quais são suas atividades.

Qual foi a motivação que te levou a estabelecer-te como Comunidade EELISA?

Domingo A Martín: No meu caso, uma crença clara para garantir que os nossos alunos adquiram competências sociais e que os nossos formandos tenham competências interpessoais suficientes para se desenvolverem num quadro de trabalho que valoriza cada vez mais essas competências.

Rafael Miñano: Desde o início vi como uma grande oportunidade de conhecer outras pessoas da UPM (e de outras universidades) que trabalham na mesma linha, compartilhar as diversas experiências e propostas, e aproveitar aquela iniciativa institucional para que esse trabalho tem mais impacto e contribui para transformar a universidade e as pessoas que a compõem.

Que desafios sua comunidade planeja enfrentar?

DM: Desde o início temos sido claros que a aquisição destas competências não técnicas deve ser geral para todos os alunos. Neste momento não temos implementação num número suficiente de disciplinas e atividades, pelo que propomos que isto seja considerado no futuro engenheiro europeu.

RM: Que a formação universitária em engenharia e arquitetura é na verdade uma formação abrangente, que desenvolve tanto competências técnicas como competências pessoais e interpessoais. O desafio é encontrar formas de o fazer de forma eficaz, chegando a todos os estudantes, como diz Domingo, e transformando o ensino universitário, a fim de contribuir para enfrentar eficazmente os actuais desafios sociais e construir uma sociedade melhor.

Que impacto social suas atividades podem alcançar?

RM: A nossa missão assume que o seu impacto é de médio e longo prazo, pois centra-se na transmissão dos fundamentos e valores que consideramos necessários para que as pessoas tenham impacto através da sua atuação como profissionais e/ou cidadãos.

DM: Com efeito, ao proporcionar formação aos nossos formandos em aspectos como sustentabilidade, ODS, empreendimento social, Inovação, valores, pretendemos formar formandos que sejam mais sensíveis a estas questões e que, nas suas posições futuras, sejam capazes de desenhar estratégias que melhoram os indicadores empresariais e, portanto, nacionais no cumprimento dos ODS.

Como você valoriza o envolvimento dos alunos?

DM: Os nossos alunos chegam às atividades que propomos com diferentes motivações e com diferentes expectativas, mas no final da formação o grau de satisfação é elevado.

RM: No meu ambiente é difícil para eles participarem, darem o salto para realizar alguma das atividades propostas, mas quem as realiza normalmente fica feliz por o ter feito e transmite a necessidade de haver mais espaços na universidade para trabalhar de uma maneira diferente.

Por outro lado, parece-me relevante fazer também uma avaliação do envolvimento do PDI, do PAS e da própria universidade como instituição. Num primeiro momento, a criação das comunidades gerou grande entusiasmo entre os professores que se envolveram em grande número nas diversas iniciativas que surgiram. Aos poucos, em muitos casos, esse entusiasmo foi esfriando e há uma certa desorientação e, talvez, desencanto. Quando esta situação foi analisada nas reuniões de coordenadores, pareceu-me relevante a necessidade de uma maior liderança institucional da UPM para apoiar as comunidades e os seus membros, para mostrar mais claramente o papel estratégico da aliança EELISA na UPM e para se comprometer a transformação da formação em engenharia para uma maior consciência e compromisso social.

Que conexões você tem com outras universidades da Aliança?

DM: Neste momento o grau de penetração na nossa universidade é grande já que fazemos parte de diferentes escolas com perfis muito diferentes na área das TIC (informática e telecomunicações), ramo industrial (industrial, Minas e Energia, Aeronáutica), Civil (Minas, estradas, Arquitetura) e Verde (agrônomos, Meio Ambiente Natural), esta circunstância faz com que aproveitemos as redes dos nossos próprios centros. 

RM: Acredito que uma das principais conquistas da aliança EELISA é ter promovido conexões dentro da própria UPM, algo que considero difícil para nós. Pelo menos, essa é a experiência que estamos tendo em nossa comunidade. Aos poucos, graças ao empenho, generosidade e talento de alguns membros da comunidade, vamos gerando laços com outras universidades através de atividades comuns. Para isso contribuiu a Chamada Conjunta 2022, que esperamos que continue a conhecer e a partilhar o trabalho que está a ser realizado nas diferentes universidades da aliança.

Colabora com entidades externas à UPM e como valoriza o seu contributo?

RM: Temos uma entidade fora da UPM como membro da nossa comunidade, ONGAWA Engenharia para o Desenvolvimento Humano. Esta ONG colabora estreitamente com a UPM e outras universidades espanholas há muitos anos no domínio da educação para o desenvolvimento e da cidadania global. Estão muito envolvidos no alinhamento das suas ofertas formativas com a missão da EELISA e como exemplo podemos destacar a organização da I Race Leave No One Behind (23 de outubro) enquadrada no seu programa Global Challenge. Nestes primeiros meses têm sido uma grande mais-valia na comunidade, contribuindo com a sua experiência na educação não formal e na comunicação com os alunos.

DM: Ao nível das universidades “não EElisa” temos também alianças importantes com a UCM com a qual partilhamos formação ao nível de mestrado (Master of Disaster Management). Ao nível das universidades europeias EElisa temos acordos com Paris, ITU, FRAU, etc.

Também temos um amplo desenvolvimento em acordos com diferentes instituições e entidades sociais como a Rede de Universidades de Madrid (ApS), Fundação Tomillo, Ashoka, IAPGE, AEAC, etc.

 

Escola Técnica Superior de Engenheiros de Minas e Energia (ETSIME)

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